A clássica pergunta "Por que o bebê chora?" agora encontra respostas no ChatGPT para Sam Altman, CEO da OpenAI. Conforme divulgado pelo TechCrunch, Altman usa a IA "constantemente" para dúvidas sobre seu recém-nascido, questionando como seria a paternidade sem ela. Essa dependência, vinda de um líder em IA, sinaliza uma nova era para os pais, onde a inteligência artificial se torna uma babá digital.
Mas seria essa babá confiável? O próprio Altman compara o uso do ChatGPT a uma busca no Google, mas o risco de "alucinações" – informações falsas geradas pela IA – é um ponto crítico, especialmente em cuidados com bebês. A conveniência da IA pode ser sedutora, mas é crucial questionar se ela supera fontes tradicionais ou mesmo outros cantos questionáveis da internet, como grupos de pais online. A responsabilidade sobre a veracidade da informação recai sobre quem?
A discussão se estende às crianças interagindo com IA. Altman cita o fascínio infantil pelo modo voz do ChatGPT, como no caso da longa conversa de uma criança sobre "Thomas o Trem". Ele admite que "nem tudo será bom", antecipando problemas como relações parassociais, mas reforça a crença nos "benefícios tremendos" da IA, esperando que a sociedade crie mecanismos de mitigação. No entanto, o ChatGPT não é recomendado para menores de 13 anos e carece de controles parentais.
A IA na criação dos filhos é uma faca de dois gumes. Oferece acesso rápido à informação, mas não substitui o julgamento crítico, o conselho médico e a experiência humana. A promoção dessa tecnologia por figuras influentes exige um debate profundo sobre os impactos no desenvolvimento infantil e na dinâmica familiar. Enquanto a sociedade busca "novas barreiras de proteção", como sugere Altman, a cautela e o uso consciente são imperativos para navegar neste novo território.
Fonte: TechCrunch
