
A revisão de contratos sempre foi um dos maiores gargalos para equipes jurídicas: um processo manual, demorado e repleto de riscos que podem custar caro. Advogados passam horas decifrando uma linguagem densa, sob pressão para entregar análises rápidas e precisas. É nesse cenário que a LegalOn Technologies, uma startup de tecnologia jurídica com apoio do SoftBank, surge como uma força transformadora. A empresa acaba de garantir um aporte de US$ 50 milhões em uma rodada de investimentos Série E, liderada pela Goldman Sachs Alternatives, elevando seu financiamento total para impressionantes US$ 200 milhões.
A Revolução Silenciosa nos Departamentos Jurídicos
O que diferencia a LegalOn em um mercado de IA cada vez mais concorrido? Segundo Daniel Lewis, CEO Global da empresa, a resposta está na fusão entre tecnologia de ponta e conteúdo jurídico especializado. Ao contrário de ferramentas que utilizam modelos de IA genéricos, a plataforma da LegalOn é alimentada por "playbooks" e diretrizes criadas por advogados experientes. Isso garante que as sugestões e alertas de risco sejam práticos, precisos e alinhados aos padrões de cada empresa. O resultado, segundo a startup, é uma redução de até 85% no tempo de revisão. O novo capital será injetado para escalar o desenvolvimento de produtos, como a recém-lançada ferramenta Matter Management, e acelerar a expansão nos mercados dos EUA e Reino Unido.
O Diferencial: Inteligência Artificial com Expertise Humana
Este investimento não é um caso isolado. Ele reflete o imenso interesse do mercado na transformação digital do setor jurídico, com concorrentes como Harvey AI e Clio também atraindo centenas de milhões em investimentos. Para se manter na vanguarda, a LegalOn anunciou uma parceria estratégica com a OpenAI, garantindo acesso antecipado aos seus modelos de IA mais avançados e permitindo uma colaboração direta entre seus engenheiros.
Um Ecossistema em Ebulição e o Futuro da Advocacia
Contudo, a visão da empresa, conforme destacado por Lewis em entrevista à TechCrunch, fonte original desta análise, não é substituir os advogados. A tecnologia atual não possui a capacidade de julgamento e discernimento humano. A proposta é outra: a IA atua como uma poderosa aliada, automatizando tarefas repetitivas e liberando os advogados para focarem no que realmente importa: a estratégia, a negociação e o aconselhamento de alto valor. A era da advocacia aumentada pela IA já começou.
(Fonte original: TechCrunch)