Cão-robô da Asylon em patrulha

Em um cenário de crescentes ameaças à segurança corporativa e executiva, as soluções tradicionais de vigilância mostram suas limitações. Câmeras estáticas têm pontos cegos e guardas humanos, além do alto custo, enfrentam riscos e fadiga. É nesse vácuo que a tecnologia avança, e a Asylon, uma empresa de robótica da Filadélfia, acaba de provar seu valor ao levantar US$ 26 milhões em uma rodada de financiamento Série B, liderada pela Insight Partners.

A Ascensão da Segurança como Serviço (RaaS)

O aporte financeiro, que eleva o total captado pela Asylon para cerca de US$ 45 milhões, valida a visão da empresa: a Segurança como Serviço Robótica (RaaS). A companhia oferece um ecossistema integrado que combina vigilância aérea e terrestre. Seu produto mais conhecido é o DroneDog, uma versão modificada do famoso robô Spot da Boston Dynamics, adaptado para tarefas de patrulha e integrado ao software de comando e controle da Asylon, o Guardian. Esses cães-robôs podem patrulhar terrenos, acessar locais perigosos para humanos — como áreas com vazamento de gás ou produtos químicos — e fornecer um fluxo constante de dados. Combinados com drones autônomos, que inclusive possuem um braço robótico para trocar as próprias baterias, eles criam um perímetro de segurança dinâmico e incansável. Segundo informações do TechCrunch, o serviço tem um custo anual entre US$ 100.000 e US$ 150.000, um valor competitivo quando comparado à contratação de uma equipe de segurança humana 24/7.

De uma Quase Falência ao Sucesso

A jornada da Asylon, fundada em 2015 por ex-colegas de dormitório do MIT, é uma lição de resiliência. Em 2021, a empresa esteve à beira do colapso. Na véspera de uma demonstração ao vivo para um grupo de clientes da Fortune 500, o drone principal caiu e foi destruído. O CEO Damon Henry viu o futuro da empresa em risco. No entanto, graças a um funcionário dedicado que dirigiu a noite toda para entregar um novo equipamento, a equipe conseguiu realizar a demonstração, que foi um sucesso absoluto. O evento não apenas salvou a empresa, mas garantiu seus três clientes seguintes e o primeiro contrato com o Departamento de Defesa dos EUA.

O Futuro da Vigilância é Robótico

O investimento recente chega em um momento estratégico. A crescente preocupação com a segurança executiva impulsionou a busca por soluções tecnológicas avançadas. A Asylon, com 65 funcionários e sistemas implantados em 15 estados, está perfeitamente posicionada para liderar essa transformação. Mais do que apenas substituir guardas, a proposta da RaaS é aumentar a capacidade humana, automatizando tarefas repetitivas e perigosas, e fornecendo uma camada de inteligência e dados que a segurança tradicional não consegue oferecer. O sucesso da Asylon não é apenas uma notícia de investimento; é um sinal claro de que o futuro da vigilância já chegou, e ele é autônomo, integrado e robótico.

(Fonte original: TechCrunch)