A Amazon está intensificando sua aposta na inteligência artificial generativa com a expansão do acesso ao Alexa+, sua assistente digital turbinada. Conforme reportado pelo TechCrunch, mais de um milhão de usuários já receberam convites para testar a novidade, um salto significativo desde os 100.000 reportados em maio de 2025. Este movimento sinaliza a corrida da gigante do varejo para revitalizar a Alexa e, crucialmente, transformá-la em uma fonte de receita, um desafio que se impôs após a Alexa original, apesar de pioneira, não ter se consolidado como um negócio lucrativo.
A Resposta da Amazon à IA Conversacional
Com o avanço de IAs conversacionais como o ChatGPT, a Alexa tradicional começou a parecer limitada. A Alexa+ surge como a resposta da Amazon, prometendo interações mais naturais e personalizadas, integração aprimorada com casas inteligentes e um leque expandido de funcionalidades graças à IA generativa. A ideia é que o usuário possa, por exemplo, dizer "Está muito frio aqui" para que a Alexa ajuste o termostato inteligente, ou criar rotinas complexas com maior facilidade.
Novas Capacidades e Planos de Monetização
Entre as novas capacidades da Alexa+ com IA generativa, destacam-se a habilidade de resumir e-mails longos, criar histórias de ninar únicas, gerar questionários a partir de guias de estudo e planejar itinerários de viagem. A assistente também poderá realizar ações como comprar ingressos para shows e reservar mesas em restaurantes, através de parcerias com empresas como OpenTable, Ticketmaster e Tripadvisor. Durante a fase de acesso antecipado, o serviço é gratuito nos EUA em dispositivos Echo Show selecionados, mas futuramente será incluído para assinantes Prime e custará US$19,99 mensais para não assinantes, expandindo-se para mais dispositivos Echo, Fire TV e tablets Fire.
Desafios e o Futuro da Alexa+
Apesar do entusiasmo e do potencial, os primeiros testadores relatam uma experiência mista. Alguns elogiam a Alexa+ como mais avançada que concorrentes como a Siri, enquanto outros apontam que a tecnologia ainda precisa de polimento, o que é esperado para um serviço em acesso antecipado. A Amazon afirma que quase 90% das funcionalidades anunciadas já foram implementadas, indicando um progresso rápido. A estratégia da Amazon com a Alexa+ é clara: reconquistar a relevância no competitivo espaço da IA de consumo e, fundamentalmente, encontrar um modelo de monetização viável para sua assistente de voz. O desafio é considerável, dada a rápida evolução do setor. O sucesso dependerá não apenas da robustez da tecnologia, mas da capacidade da Amazon em convencer os usuários de que as novas funcionalidades justificam um eventual custo, especialmente para quem não é assinante Prime. A transição de uma ferramenta amplamente gratuita para um serviço com potencial de assinatura paga é sempre um ponto crítico, e a percepção de valor agregado será o fator determinante para a adoção em massa e o sucesso financeiro desta nova fase da Alexa.
(Fonte original: TechCrunch)
